Desidentificação
09/05/2015 08:40
Des Id Entificação.
"Des" é um prefixo de negação (ou de ausência) que em regra nega o sentido original de uma palavra e em alguns casos, opõe-se ao significado original da palavra (neste caso, funciona como um prefixo de oposição).
"Id" (do latim, "ele, isso") designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do aparelho psíquico - Id, Ego e Superego. O Id seria a fonte da energia psíquica (libido). Constitui-se dos instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes, busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo. Não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Não tem contato com a realidade, e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.
“Ente” no portugues corresponde no latin à “ens” e no grego “on”. Daí os termos em italiano “ente e essere”, e francês "étant" e "essente”, palavras incomuns no portugues e utilizadas em uma tradução do livro de Gurdjieff ( Relatos de Belzebu à seu neto) referindo-se as criaturas "esserais".
No Caminho é indispensável a aceitação dos fatos, das pessoas, das conjunturas que ocorrem neste pequeno "trecho" da Vida encarnada, como oportunidades justas para o crescimento do Eu. O "normal" no atual nível evolutivo da humanidade é criar justificativas para tudo e todos, ter opiniões sobre tudo e todos, menos sobre si e como deveria estar agindo se defende normas de comportamento que julga serem as corretas e diz se esforçar por seguir. Aceitar o mundo, como ele é, nos cria "tempo" para movermos a atenção para o mundo interno e ter condições de colocá-lo em ordem para então, atuar no mundo externo em outro nível, menos agressivo contra nós mesmos devido as consequencias karmicas. Como aceitar o mundo? Devenos entender que muitos dos sofrimentos que sentimos ou presenciamos no semelhante são o justo retorno da aplicação da lei do karma, pelos Senhores do Karma, procurando o equilíbrio antes que a situação fique fora de controle e seja necessário a medida extrema do desencarne compulsório. As pessoas, em regra, não tem o discernimento, um filtro, e repetem mecanicamente siatuações desatrosas devido as sua tendencias sem controle do Eu verdadeiro (Mordomo Interior). Todo o Ensinamento de origem Superior pede para "não fazer aos outros o que não queremos que nos façam" (Sidartha Gautama o o Buda histórico, 500 aC) ou "Fazer aos outros o que queiramos que nos façam" ( Jeshua Ben Pandira - o veículo do Cristo), sendo duas fases adicinadas na história da humanidade com o mesmo ensinamento. Uma para forçar as pessoas a evitar as consequencias dolorosas (Karma negativo) e a outra para tornar a pessoa "pro-ativa" no seu desejo de liberdade de condução da vida criando uma cadeia de consequencias desejáveis (Karma positivo). Com isso, começamos a Trabalhar intencionalmente, refreando nossas atitudes automatizadas e melhorando nosso auto-controle, embora possa parecer externamente que estamos ajudando o próximo, na verdade estamos aproveitando a oportunidade para nos aprimorar sob nosso controle atravès de uma decisão puramente pessoal. A ferramenta da aceitação evita o consumo e exaustão de nossas energias pois procuramos compreender que os envolvidos nos acontecimentos não teriam opções em um estado de baixa vigilçia em que se encontram, distantes de qualquer pensamento sobre o Trabalho, que quando fazem é em momentos especiais do dia ou da semana e não na vida como ela é. Uma pessoa com desejo de Trabalhar tem condições perfeitamente de utilizar o termo "profissionalismo" para emoldurar suas atitudes diante de condições adversas, pois é no momento da contrariedade que se deve utilizar o esforço para sair de onde se está e avançar no caminho pelo "emocional" Superior através da tolerância e compaixão com os mais despreparados quando não estamos correndo um risco grande, afinal não estamos no Caminho para ser um herói, que no esoterismo significa com todas as palavras, uma pessoa que está purgando no inferno e experimentando pesadas chicotadas do Karma para avançar além do senso comum. A não expressão das emoçoes negativas, diretamente ou de forma velada, é essencial, assim como o controle da mentira - que no sistema se refere a descrever situações imaginárias, exageradas ou não relacionada ao funcionamento dos centros inferiores, ou seja, sem passar pelo crivo do Mordomo Interior. Um exemplo clássico é o das generalizações, opiniões, achismos... ou mesclados, como reclamar emotivamente por ser obrigado a cumprir sua parte no que foi combinado e/ou contratado. A percepção destes desequilibrios devem em algum momento criar as condições para a mudança de atitude pois de forma alguma se deve contemporizar com elas durante o Caminho.