Visão de mundo e a culpa
29/06/2015 12:03
Não devemos ter expectativas quanto ao resto do mundo. A realidade pessoal não é a mesma para todos, assim como o território das espécies animais está compartilhado e cada uma age como se fosse o seu. Os peixes convivem no mesmo oceâno cada um no seu "mundo", na sua frequência (multiplexados com os demais), como as ondas de várias estações de rádio e televisão que chegam misturadas pelo ar e captadas pela antena e, no entanto podemos escolher sintonizar apenas uma de cada vez.
Observando-se o que acontece no mundo exterior devemos desenvolver a capacidade da aceitação de TODA realidade, sem julgamentos, pois o homem ao reconhecer outras realidades próximas de si, pois há muito mais do que os olhos de carne podem observar, não o habilita participar de todos os eventos. Neste sentido, o conceito de que "o mapa não é o território" é uma grande verdade mas o "círculo não-se-passa" depende apenas do nível de Ser e do grau de liberadede que isso acarreta.
Todas as realidades visíveis e invisíveis interagem no emocional do homem para moldá-lo, existem propositadamente assim com o objetivo de força-lo a seguir no caminho mecânico da evolução para níveis superiores do Ser, a longo prazo. Não necessitamos explorar o mundo (suas sensações) para estar bem internamente, embora hajam pessoas que necessitem disso e por consequencia as impede de encontrar o acesso às realidades superiores. Naturalmente o portal interno está fechado como proteção às consequencias dos atos gerados pelo desequilibrio dos quatro centros inferiores que formam uma parte da constituição setenária do homem atual.
Com o Trabalho Alquímico, na Transformação ouTransmutação de sentimentos, observamos, verificamos e fazemos esforços para controlar as fúrias internas do ser inferior, que convive em nossa psicologia, retratado muitas vezes como o dragão sendo dominado pelo anjo ou como nos contos da idade média, pelo cavaleiro resgatando a dama.
No início é importante a observação do que faz às pessoas autodenominadas "autênticas" sua exposição do lixo interno. Devemos verificar em nós o efeito de tais atitudes pessoais, para depois fazer o esforço alquimico de transformar, e não jogar no mundo externo tais sentimentos, pois essa energia da angústia interna é usada para uma mudança do estado de consciência e "desabafar" é vazar essa energia potencializada, é como o segredo que veio a público e perde seu "status".
Essa energia foi garimpada e acumulada com seu Trabalho para ser fundida no forno alquímico do coração (mundo do sentimento), com seu esforço de mudança, diferente das pessoas que não estão motivadas pelo auto-conhecimento que as produzirão e perderão obrigatoriamente em decorrencia das chicotadas da vida, que chegam mecânicamente, como ondas com seus altos e baixos e com o perigo de não serem bem assimiladas (trabalhadas internamente), levando-as à traumas em vez de "acordar o adormecido".
Embora a pessoa que está fazendo um Trabalho Interno não esteja livre destes choques e receba alguns choques adicionais dependendo do nível que está disposto a chegar e em que tempo de Trabalho, pois há éteres ainda mais refinados onde se necessita de uma purificação maior com seu teste ainda mais difícil, como o teste Kobayashi Maru retratado no filme StarTreek (Jornada nas Estrelas) e que poderá atuar no futuro, depois de arquivada no subconsciente da platéia que assiste o episódio "aparentemente" sem relação com sua vida, ainda que produzida por pessoas inteligentes e com outras atividades insuspeitáveis para elas no momento.
Uma técnica que aprendi há alguns anos é mentalizar esses sentimentos desagradáveis transformando-se em pétalas de rosa e com o tempo pode-se sair deste Trabalho Mental PARA ATUAR NO MUNDO FÍSICO, agindo concretamente como antídoto aos maus pensamentos gerados, fazendo justamente o contrário, matando o pensamento pela raiz com uma ação eficiente dentros dos moldes das leis herméticas combatendo o mal com o bem.
Acredite, todo o universo em que você vive é criado apenas para você, existem pontos de conexão com os do seu semelhante, mas o seu tem lições especificas que somente você dará a importãncia necessária, embora as pessoas valorizem apenas o agradável, também o desagradável deve ser valorizado pois "ingressou" com algum objetivo em seus planos.
Cada Ser tem o seu Universo e observar o do seu semelhante não é sentir o que ele sente, é o exemplo os momentos de felicidade em um dia de sol para uns enquanto outros estão tristes, não é o dia que o produziu, mas a visão pessoal e o sentimento pessoal naquele dia que produziu a sensação. O mundo renasce cada vez que você acorda do sono noturno ou da morte. Você pode estar varrendo as folhas do gramado para usá-la como adubo enquanto os vizinhos dormem e acordam às dez da manhã.
Eles podem acordar a qualquer horário e você estará com seu emocional da mesma forma, mas já não podemos saber como eles estão. Qualquer demonstração à outra pessoa do que se pensa é um juízo, ela até pode estar louca, mas é juízo dela. Não somos culpados de nada que acontece e cada pessoa tem responsabilidade pelo que acontece com ela, querendo ou não, é resultado de seu Karma positivo ou negativo.
Somos responsáveis apenas pelo que fazemos ou deixamos de fazer e devemos procurar fazer, ou não fazer, de forma a não ficarmos infelizes no aqui e agora e/ou no futuro pois tudo tem consequências, sendo de grande ajuda saber que há situações que não se consegue alterar, porque não somos nós que devemos fazer ou então, “Alguém” maior do que nós pararia o mundo e o faria por amor ou misericórdia, e no entanto não o faz, mas cria eventos, bretes, para conduzir a se fazer o que já devia ter sido feito, claro que se pode pular o brete e conviver com o que isso acarreta, entre elas a dor física e /ou emocional. Isso não muda a lei que aplica a nós o mesmo rigor que aplicamos ao outro.
A culpa não é apenas alguma programação da sociedade que deseja lhe tolher a liberdade, é um efeito inconsciente de algo que está errado, faltando, incompleto e que você sofre por ter esquecido, no esquecimento de sí ao substituir a vida interna pela vida externa, isto é, focada exageradamente no mundo e sob suas influencias. Somos parte, células, de um grande Ser e cada um tem a sua função, uns a executam e outros não.
Alguns "sabem" que são "um com o Pai", e isso não é força de expressão mas o efeito do "segundo nascimento", é como a sutil diferença de estar "contido ou pertencer", na teoria dos conjuntos ou como na placa de proibido fumar cigarros e assemelhados e sabemos a grande diferença de um charuto para o cigarro. Voltando à matemática, é a sutil diferença de Identico, Igual e Semelhante e ainda assim TODOS tem o direito de fazer suas experiencias e colher os resultados no entanto, o grau de liberdade muda tornando-se "invisível" os efeitos da realidade de outros indivíduos conforme o alinhamento com as leis que condicionam a evolução na Terra.
Para viver sem culpa precisamos mudar a mente, não pertencemos às realidades conflitantes de nossos semelhantes. Cada indivíduo é um Ser único, que pode observar pela mídia, em nosso vasto planeta ou em qualquer momento do dia a dia no seu círculo de amizades ou "circulo não-se-passa" e responde pelo que faz ou não diante de critérios ou juízo de valor vindo de leis de um patamar superior ao da humanidade e que as coloca em funcionamento aeternum.